sábado, 11 de dezembro de 2010

Texto III - História de Natal

Passei grande parte da minha vida dando aulas para crianças. Hoje estou aposentada. Saí da escola mas, ela não saiu de mim. Nessa época do ano além da correria com provas, entrega de notas e encerramento do ano letivo o que mais gostava era de trabalhar com os alunos os textos de natal e os trabalhinhos alusivos à data. Por coincidência outro dia, mexendo numa gaveta encontrei um texto que sempre gostei muito e por isso vou transcrevê-lo aqui. Vou matar um pouca as saudades.

                                                         O PINHEIRINHO HUMILDE

   Conta-se que, quando os pastores foram adorar o Divino Infante, decidiram levar-lhe frutos e flores produzidos pelas árvores. Depois da colheita, houve uma conversa entre as plantas, num bosque. Regozijavam-se elas de ter podido oferecer algo ao seu criador recém-nascido: uma as tâmaras; outra, as nozes; uma terceira, as amêndoas; outras ainda, como a cerejeira e a laranjeira, que haviam oferecido tanto flores quanto frutos. Do pinheiro, porém, ninguém colheu nada. Pontiagudas folhas e ásperas pinhas não eram dons apresentáveis.
   O pinheiro recolheu a sua nulidade e, não se sentido à altura da conversa, rezou em silêncio:" Meu Deus recém-nascido o que Vos vou oferecer? Minha pobre e nula existência. Esta, alegremente, Vo-la dedico, com grande agradecimento por me terdes criado na Vossa sabedoria e bondade."
   Deus ficou comovido com a humildade do pinheiro e, em recompensa, fez descer do céu uma multidão de estrelinhas, que pousaram nele. Eram de todos os matizes que existem no firmamento: douradas, prateadas, vermelhas, azuis... Quando outro grupo de pastores passou, levou não apenas os frutos das demais árvores, mas o pinheiro inteirinho. A árvore de tal forma maravilhosa da qual nunca se ouvira falar. E lá se foi o pinheiro ornar a gruta de Belém, sendo colocado bem junto do Menino Jesus, de Nossa Senhora e de São José.    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

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